Brassica oleracea L. Var. acephala é uma espécie de hortaliça folhosa popularmente conhecida por couve, rica em cálcio, ferro, vitaminas A, C, K e B5. Apresenta baixo teor calórico e alta disponibilidade por todo o ano. Devido aos altos valores nutricionais geralmente são consumidas in natura, com susceptibilidade de contaminação por sujidades diversas, enteroparasitos e micro-organismos. O estudo teve por objetivo diagnosticar parasitos patogênicos em amostras de couve folha (Brassica oleracea L. Var. acephala) comercializados em supermercados no município de Mossoró, Rio Grande do Norte. Nesse contexto, foram escolhidos quatro supermercados aleatoriamente, de onde foram coletadas 15 amostras por supermercado, acondicionadas em sacos estéreis e colocadas em caixas isotérmicas para transporte até o Laboratório de Biotecnologia Aplicada a Doenças Infecto-Parasitarias (LABIP) - UFERSA, totalizando 60 (sessenta) amostras analisadas. Foram realizados dois métodos de análise parasitológica, a sedimentação espontânea, utilizada para pesquisa de ovos pesados, e a flutuação simples, para ovos leves. Na sedimentação espontânea foi pesado 100g da amostra com a adição de 250 mL de água destilada, seguida de homogeneização em sacos de polietileno. O líquido obtido foi tamisado e posto em cálices de sedimentação por 24h. Em seguida o sobrenadante foi desprezado e o sedimento analisado. Para o método de flutuação simples 5g das amostras foram pesadas e armazenadas em sacos de polietileno, juntamente a 20 mL de solução salina hipersaturada e homogeneizadas por 30 segundos, onde o material foi tamisado e acondicionado em tubos de ensaio, deixados em repouso por 10 min com uma lamínula em cima da borda do tubo. Todas as amostras foram analisadas em triplicata, lidas em lâminas coradas com lugol para leitura em microscopia óptica. Como resultado não foi possível detectar a presença de estruturas parasitárias, entretanto observou-se a ocorrência de sujidades microscópicas como: ovos de ácaros em 33,3% (20/60) e partes de insetos 8,3% (5/60), e estruturas macroscópicas como teia de aranha 11,6% (7/60) e areia 25% (15/60). Em conclusão, as amostras de couve pesquisadas apresentaram contaminação por sujidades diversas, devendo ser criteriosamente higienizadas antes do seu consumo in natura.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas